Quanto custa construir uma casa?
Essa é uma pergunta difícil de responder, pois há uma série de variáveis que envolvem o projeto e obra, tais como: localização, tipologia e acabamentos, além de índices externos, que impactam nesses custos, como é o caso do CUB - Custo Unitário Básico - o principal indicador do setor da construção, que serve como mecanismo de reajuste de preços, mas que é apenas uma referência e não serve como fator determinante no custo final de uma obra.
Ainda que não seja possível mensurar o valor exato do custo de uma casa, é importante que, antes de construir você entenda quais os tipos de despesas envolvidas na construção. Conhecendo cada uma das etapas e os percentuais que elas representam no orçamento final, você pode ser planejar e evitar surpresas ao longo do processo. Confira abaixo:
Projeto, aprovações na prefeitura e questões burocráticas: de 3% a 5% do orçamento
Um projeto bem elaborado é uma peça fundamental para o início do trabalho pois é através dele que você irá definir as etapas da obra, os custos e cronograma geral, além de prever riscos e evitar prejuízos com atrasos e custos de última hora. Por isso, é importante dedicar uma parte do orçamento ao projeto também às questões burocráticas que envolvem autorizações da prefeitura e licenças para a obra, por exemplo.
Infraestrutura do canteiro de obras: de 4% a 8% do orçamento
Para iniciar a sua construção é necessário preparar o canteiro de obra. Essa fase do orçamento é dedicada a construir instalações necessárias para o trabalho da mão de obra, como banheiro e espaço para equipe e um local para o depósito de materiais e ferramentas. Esta infraestrutura é variável de acordo com o porte da obra e as condições do local.
Fundações: de 3% a 7% do orçamento
Este percentual envolve todo o gasto com a preparação do terreno, como a limpeza do lote, a terraplenagem, a compactação do solo, dentre outros. Inclui escavações e movimentações de terra para regularizar o lote.
Estrutura: de 12% a 20% do orçamento
Estes são gastos dedicados à estrutura da construção, como os pilares, vigas e lajes de concreto armado e lajes pré-moldadas.
Fechamentos: de 10% a 19% do orçamento
Os fechamentos incluem os materiais para toda a alvenaria: tijolos, cimento e areia por exemplo. Além disso, muros externos, janelas e portas também estão considerados aqui. Pode haver ainda outros elementos, de acordo com o tipo da construção e os materiais que serão utilizados nela.
Cobertura: de 3% a 5% do orçamento
Inclui todo o material para a elaboração do telhado até a impermeabilização. Esse montante se baseia em um telhado convencional, de quatro águas. Na conta entram a estrutura de madeira ou metal, as telhas cerâmicas calhas, rufos e impermeabilizações.
Instalações elétricas: 8% do orçamento
As instalações elétricas abrangem fios, conduítes, interruptores, tomadas, quadros de força, disjuntor, cabos para dados e telefonia.
Instalações hidráulicas: de 9% a 12% do orçamento
A parte hidráulica conta com tubos de PVC, caixas d'água, metais e louças e instalações para cozinhas, banheiros e lavanderias. Se houver instalações específicas para água quente e gás, também são computadas nessa etapa.
Acabamentos internos e externos: de 20% a 38% do orçamento
A finalização e os acabamentos costumam ter um custo mais elevado, e claro, esse custo vai variar muito de acordo com os materiais escolhidos. É nesta etapa que o orçamento costuma “estourar”, afinal são tantas as opções atrativas como travertinos, cerâmicas retrô, pisos de madeira natural, em universo de possibilidades que faz os olhos brilharem. Essa fase exige prudência, especialmente se suas reservas para a obra forem justas. Uma dica para que você se mantenha no patamar dos 20%, é investir em argamassas pré-fabricadas, cerâmicas mais simples e porcelanatos com bom custo benefício, etc.
Limpeza, jardinagem e retoques finais: de 1% a 2% do orçamento
Com a obra finalizada, é importante fazer uma limpeza profissional, a fim de preservar os materiais recém instalados. Por isso, o restante do orçamento é destinado para a limpeza e aqueles ajustes finais que acabam sendo necessários.
Lembre-se, fazer a estimativa de custos da sua obra vai ajudá-lo a ter uma melhor noção de quanto investimento será necessário em sua construção. Para que o custo de execução da obra não extrapole o limite estabelecido é necessária muita pesquisa e bom planejamento. Por isso, muitas pessoas optam por contratar o serviço de Gerenciamento da Obra, a fim de otimizar os recursos da execução. Este é um dos serviços oferecidos pela ImoveLINE e que tem trazido excelentes resultados na relação custo x benefício para nossos clientes.
Além disso, antes mesmo de projetar, uma boa dica é procurar por escritórios que já utilizam a tecnologia BIM em seus projetos. Dentro desta plataforma (Building Information Modeling) os projetos deixam de ser apenas desenhos e é possível ir muito além da visualização 3D. Ali é possível aplicar materiais, compatibilizar os diferentes projetos arquitetônicos com projetos estruturais, hidrossanitários e elétricos, além de ser possível estimar com precisão os quantitativos dos materiais. Aqui na ImoveLINE, todos os projetos são desenvolvidos em BIM, e justamente por isso, conseguimos entregar a nossos clientes uma estimativa bastante aproximada dos custos que estarão envolvidos na operação da obra, de maneira rápida e objetiva.
